Teve alta médico americano infetado com ébola
"Deus salvou a minha vida", afirmou o médico Kent Brantly, de 33 anos, à saída do Hospital da Universidade de Emory, em Atlanta, num encontro com os media.
Brantly, que apresentava bom aspecto, agradeceu à equipa médica que o tratou e a todas as pessoas que se preocuparam com o seu destino, encorajando-as a "não deixar de rezar pelas pessoas da África ocidental", onde se situam os países mais afetados pelo surto do ébola. Segundo os mais recentes números da Organização Mundial de Saúde (OMS), já morreram 1350 pessoas em 2473 casos detetados.
A maioria dos casos verificou-se na Libéria, Serra Leoa e a Guiné, além da Nigéria, onde a epidemia se apresenta controlada.
Além de Brantly, na passada terça-feira teve alta uma outra médica, Nancy Writebol, de 60 anos, que, como Brantly, se encontrava na Libéria a acompanhar doentes com a febre hemorrágica. Ambos foram tratados com um soro experimental, Zmapp, que até então não fora empregue em seres humanos.
Os testes realizados em animais mostraram-se prometedores, mas os especialistas recusam-se a estabelecer uma relação direta, afirmando ser "muito cedo" para chegar a essa conclusão.
O responsável da unidade hospitalar onde Brantly permaneceu 19 dias em tratamento explicou que este teve alta após "exames exaustivos" e que, como Writebol, pode "regressar à sua família e à vida em comunidade". No imediato, o médico seguirá com sua mulher para local não revelado para passarem alguns dias.