Testes de ADN confirmam que restos mortais exumados são de Jonas Savimbi
A confirmação foi feita hoje pelo ministro de Estado angolano Pedro Sebastião, numa conferência de imprensa na presença de familiares de Jonas Savimbi, de representantes da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) e das quatro instituições que procederam aos testes, incluindo uma de Portugal.
Segundo Pedro Sebastião, o executivo angolano vai entregar os restos mortais de Jonas Savimbi a 28 deste mês no Bié, assumindo toda a logística para que possam ser realizadas as exéquias fúnebres no dia seguinte, em Lopitanga.
A UNITA, através do seu presidente, Isaías Samakuva, vai fazer uma conferência de imprensa ainda hoje para dar a sua visão face à divulgação dos resultados dos testes de ADN, que, segundo disse à agência Lusa Francisco Corte Real, do Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses de Portugal, têm uma correspondência de 97,99%.
A cerimónia de exumação e recolha de amostras dos restos mortais do líder fundador da UNITA, morto em combate em 22 de fevereiro de 2002, realizou-se em 31 de janeiro, no Luena, província do Moxico, onde estava sepultado desde a sua morte, à guarda das autoridades angolanas.
No início desse mês, o Governo de Luanda garantiu estarem criadas as condições para a exumação dos restos mortais de Jonas Savimbi, mas avisou que o funeral não terá honras de Estado, uma vez que o antigo presidente da UNITA "não pertencia à família governamental quando faleceu".
Para Rafael Massanga Savimbi, filho de Jonas Savimbi, o posicionamento do Governo não preocupa "a família e muito menos a direção do partido", porque, observou, o pai "não é reconhecido por decretos".
"Para figuras marcantes como ele, o mais importante é o reconhecimento do povo em geral, sobretudo pela sua contribuição", realçou.
As cerimónias fúnebres de Jonas Savimbi, 17 anos após a sua morte, estão previstas para Lopitanga, província angolana do Bié, onde o resto da família está sepultada.