Testes de ADN confirmam que restos mortais exumados são de Jonas Savimbi

Os testes de ADN feitos por entidades independentes aos restos mortais de Jonas Savimbi, exumados a 31 de janeiro, confirmaram tratar-se do líder histórico da UNITA, morto em combate em 2002.
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A confirmação foi feita hoje pelo ministro de Estado angolano Pedro Sebastião, numa conferência de imprensa na presença de familiares de Jonas Savimbi, de representantes da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) e das quatro instituições que procederam aos testes, incluindo uma de Portugal.

Segundo Pedro Sebastião, o executivo angolano vai entregar os restos mortais de Jonas Savimbi a 28 deste mês no Bié, assumindo toda a logística para que possam ser realizadas as exéquias fúnebres no dia seguinte, em Lopitanga.

A UNITA, através do seu presidente, Isaías Samakuva, vai fazer uma conferência de imprensa ainda hoje para dar a sua visão face à divulgação dos resultados dos testes de ADN, que, segundo disse à agência Lusa Francisco Corte Real, do Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses de Portugal, têm uma correspondência de 97,99%.

A cerimónia de exumação e recolha de amostras dos restos mortais do líder fundador da UNITA, morto em combate em 22 de fevereiro de 2002, realizou-se em 31 de janeiro, no Luena, província do Moxico, onde estava sepultado desde a sua morte, à guarda das autoridades angolanas.

No início desse mês, o Governo de Luanda garantiu estarem criadas as condições para a exumação dos restos mortais de Jonas Savimbi, mas avisou que o funeral não terá honras de Estado, uma vez que o antigo presidente da UNITA "não pertencia à família governamental quando faleceu".

Para Rafael Massanga Savimbi, filho de Jonas Savimbi, o posicionamento do Governo não preocupa "a família e muito menos a direção do partido", porque, observou, o pai "não é reconhecido por decretos".

"Para figuras marcantes como ele, o mais importante é o reconhecimento do povo em geral, sobretudo pela sua contribuição", realçou.

As cerimónias fúnebres de Jonas Savimbi, 17 anos após a sua morte, estão previstas para Lopitanga, província angolana do Bié, onde o resto da família está sepultada.

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