A revelação foi feita hoje por Alan Perkins, administrador da Freeport entre 2005 e 2006, que disse que o arguido Charles Smith o informou de que numa primeira reunião, realizada no Mónaco em janeiro de 2006, o "então ministro do ambiente" recebeu pagamentos ilegais para a obtenção da licença ambiente para o outlet de Alcochete..No seu depoimento, Perkins nunca referiu o nome de José Sócrates, mas apenas o cargo que este ocupava, de ministro do ambiente. .Adiantou também que a licença ambiental que viabilizou a construção do Freeport, em março de 2002, foi obtida mediante "o pagamento de 150 mil libras esterlinas, o equivalente a 200/220 mil euros"..Segundo a testemunha, estas informações foram-lhe fornecidas por Charles Smith numa reunião realizada no Mónaco em janeiro de 2006 na qual estiveram presentes o presidente do Conselho de Administração do Freeport, Sean Collidge, o diretor comercial, Garry Russel, e o diretor financeiro, Peter Wooley..A testemunha de acusação, que foi ouvida por video conferência, referiu que estas verbas eram depositadas diretamente pela Freeport na conta do arguido Charles Smith que depois eram levantadas e pagas em dinheiro a outras pessoas. .Sem conseguir ou querer concretizar, Alan Perkins falou em "primos e altos representes políticos".