Teste de ADN revela marcadores do risco de cancro
Um grupo de cientistas britânicos decidiu comparar o ADN de 200,000 pessoas, 50% com cancro e outros 50% saudáveis, revelando, desta forma, o risco genético de um indivíduo contrair uma doença, noticia a BBC.
A investigação, levada a cabo pelos cientistas da Universidade de Cambridge e do Instituto Investigação do Cancro (ICR), em Londres, foi financiada pelo Centro de Investigação do Cancro da UK (CRUK).
"Estamos quase preparados paras usar o nosso conhecimento acerca destas variações genéticas para desenvolver um teste que poderia complementar o rastreio do cancro da mama e estamos um passo mais perto de desenvolver um programa de rastreio efetivo do cancro da próstata", declarou à BBC Doug Easton, o líder desta investigação.
Ao desenvolver o estudo, os cientistas procuraram variações genéticas comuns - conhecidas como polimorfismos de nucleotídeo único - que estão ligado a três tipos de cancro.
Cada alteração aumenta um pouco o risco de uma pessoa vir a contrair cancro. Para o cancro da próstata foram encontrados 23 novos marcadores enquanto que para o cancro do ovário foram descobertos apenas 8.
Para o cancro da próstata as opções de tratamento incluem a remoção da próstata, a radioterapia ou o tratamento hormonal. Para cada vida salva através do tratamento do cancro da próstata, pensa-se que entre 12 a 48 homens são tratados desnecessariamente, adianta a BBC.
16 de 23 dos marcadores genéticos recém-identificados, associados a formas agressivas da doença poderão ajudar médicos e pacientes a decidirem-se sobre a melhor forma de tratamento.
"Se os estudos mostrassem aos homens os benefícios de realizarem este exame regularmente, poderíamos ter um grande impacto no número de pessoas que morrem da doença, que ainda é muito alto", declarou o Ros Eeles, cientista do Instituto Investigação do Cancro.