Termina cerco a supermercado. Emigrante foi detido pelas autoridades
O homem que estava barricado há cerca de 24 horas num estabelecimento comercial de Vila Nova de Poiares já foi detido pelas autoridades. Em declarações ao DN, o comandante dos bombeiros Luís Sousa confirmou que o cerco ao supermercado terminou pelas 17:10.
Segundo a GNR, o indivíduo não se rendeu e foi necessária intervenção das autoridades, que o detiveram. O homem estava armado, com uma pistola e uma caçadeira, mas não houve troca de tiros. A polícia teve de recorrer à força e a "armas não letais", nomeadamente uma arma taser, para deter o barricado, mas este não ficou ferido.
De acordo com o tenente coronel da GNR no local, Henrique Armindo, o emigrante foi transportado sob detenção para os hospitais da Universidade de Coimbra, para ser sujeito a avaliação psiquiátrica.
O porta-voz da GNR, Bruno Marques, disse à agência Lusa que o homem foi detido após "a intervenção tática" dos militares da guarda, que culminou com a detenção do suspeito "em segurança", apesar de o homem "ter resistido à detenção".
A intervenção realizou-se, segundo Bruno Marques, "por motivos de segurança do próprio indivíduo".
As primeiras informações indicavam que a situação em Vila Nova de Poiares se desenrolara na sequência de um assalto. No entanto, as autoridades conseguiram entretanto identificar o homem. Trata-se de um emigrante com 45/50 anos que está em França há cerca de 30 e que tem um diferendo com o proprietário do supermercado por causa do terreno onde o estabelecimento está localizado, apurou o DN junto de fonte no local.
O indivíduo já teria ameaçado o proprietário noutras ocasiões e terá estado em Vila Nova de Poiares há cerca de um mês, tendo feito algumas ameaças.
O homem entrou no supermercado, situado na estrada nacional 2, já na saída de Vila Nova de Poiares em direção a Góis, pelas 17:00 de quinta-feira, tendo ameaçado o funcionário e os clientes que lá se encontravam com uma arma de fogo. Terá feito alguns disparos e agrediu o funcionário com uma coronhada na cara.
No interior do estabelecimento ficou apenas o agressor. O funcionário foi assistido no hospital e o proprietário tem estado a acompanhar as autoridades, que tentaram durante noite, madrugada e manhã negociar um desfecho para esta situação.