Tempos de mudança
Com naturalidade e após uma reflexão sobre o passado, o presente e o futuro dos media, o DN dá hoje um passo para se adaptar à evolução da sociedade que a tecnologia digital proporcionou. Durante o seu percurso de quase século e meio, o DN viu dezenas de jornais desaparecerem, muitos nas últimas décadas.
O DN ultrapassou todas as crises porque soube rejuvenescer-se, soube adaptar-se à evolução da sociedade, soube utilizar as novas tecnologias como ferramenta para o exercício do bom jornalismo, soube estar próximo dos seus leitores.
Os hábitos das pessoas na procura de informação e debate de ideias estão a mudar aceleradamente, os dias da semana não são iguais, nos de trabalho são frenéticos, aos domingos o tempo escorre lentamente. Nos dias de trabalho utilizamos o smartphone para sabermos as notícias do dia, ao fim de semana sabe-nos bem desfrutar jornais e revistas com o cheiro do papel. O DN, muito simplesmente, adapta-se aos novos hábitos. Esta transição, é preciso recordá-lo, integra-se no percurso que temos vindo a fazer na Global Media, nos últimos anos.
Olhámos de frente o mercado, avaliámos o nosso portfólio e tornámo-nos o líder digital em Portugal. Esta transição é feita também num momento oportuno, em que a comunicação social de referência, que respeita as regras clássicas do jornalismo - rigor, respeito pela verdade, pluralismo -, se tornou uma imperiosa necessidade das sociedades democráticas, necessidade de que agora se está a tomar consciência perante as derivas que levaram à proliferação de fake news, à desconfiança crescente nas plataformas das redes sociais, aos atentados à privacidade.
Nós apostámos nestes valores, desde logo por convicção, mas também porque é neles que pode alicerçar-se a afirmação de um grupo de comunicação com marcas tão fortes como esta do DN.
Porque o jornalismo faz-se em qualquer meio. E se há coisa que a transmissão digital permite é fazer melhor jornalismo, a qualquer hora, sem fronteiras, permitindo chegar ao universo dos leitores que falam a nossa língua, em vários continentes, aos cidadãos de outros países que falam o português e aos nossos compatriotas da diáspora.
É também por isso que fazemos hoje esta transição, convictos de que quem abraçar mais rapidamente os novos tempos estará em vantagem competitiva.