"Temos fome": o que disseram as crianças à equipa de resgate

Dois mergulhadores britânicos foram os primeiros a entrar na gruta. O momento está registado em vídeo
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Depois de nove dias presos numa gruta e dados como desaparecidos, os 12 elementos de uma equipa de futebol e o seu treinador foram finalmente encontrados, na segunda-feira. As primeiras caras que estas crianças viram - com idades entre os 11 e os 16 anos - foram dois mergulhadores ingleses.

Os órgãos de comunicação social internacionais divulgaram entretanto o diálogo que eles trocaram com os mergulhadores:

Criança: Olá, obrigado, obrigado

Mergulhador: Quantos são?

Criança: Treze.

Mergulhador: Treze. Brilhante.

Criança: Sim, sim. Vamos sair hoje?

Mergulhador: Hoje, não. Hoje, não. Somos só dois. Temos de ir avisá-los. Estamos a chegar. Está tudo bem. Muitas pessoas estão a chegar. Nós somos só os primeiros.

Criança: O que é hoje?

Mergulhador: Que dia é hoje? Segunda-feira. Segunda-feira. Estão aqui há dez dias. Dez dias. São muito fortes, muito fortes.

Criança: (Inaudível)

Mergulhador: Ok. Vamos voltar. Nós voltamos. Nós voltamos.

Crianças: Temos fome.

Mergulhador: Eu sei. Eu sei. Eu compreendo. Nós voltamos. Ok, nós voltamos.

Criança: Diz-lhes que temos fome (em tailandês).

Criança: Eles disseram que sabem disso (em tailandês).

Mergulhadores: Nós voltamos, nós voltamos.

Criança: Não temos comida (em tailandês). Temos de comer, comer, comer.

Criança: Já lhes disse isso (em tailandês).

Mergulhador: Mergulhares especiais vêm amanhã, com comida e médicos e tudo.

Crianças: Estamos muito felizes.

Mergulhadores: Nós estamos muito felizes, também.

Crianças: Muito obrigado, muito obrigado.

Mergulhadores: Ok.

Crianças: De onde são?

Mergulhadores: Inglaterra, Reino Unido.

Crianças: Oh!

Além da conversa, foi também divulgado um vídeo com o momento, pelas forças especiais da marinha tailandesa.

Depois de encontrarem as crianças e o treinador, as equipas de resgate estudam agora como trazê-las para a superfície. A prioridade é estabilizar o grupo, levando comida e médicos até eles. Depois perceber se é possível trazê-las por um caminho que envolve mergulhar e atravessar passagens apertadas. Um resgate que pode levar dias, só para trazer uma pessoa.

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