Telemóvel suíço ligou Duarte Lima ao crime
O semanário "Sol" escreve hoje que "uma testemunha ouvida esta terça-feira no julgamento de Duarte Lima por burla ao BPN confirmou que um dos telemóveis que o advogado utilizou no Brasil na altura em que Rosalina Ribeiro foi assassinada não só lhe pertencia como fazia parte do tipo de serviços que a rede suíça - que deu origem ao processo Monte Branco - punha ao serviço dos clientes, para escaparem à vigilância das autoridades".
Segundo o semanário, "Paulo Sousa, inspetor da Autoridade Tributária de Braga que juntamente com o Departamento Central de Investigação e Acção Penal liderou a investigação sobre o homicído da ex-companheira do milionário Lúcio Tomé Feteira, que dois elementos da rede suíça acabaram por confirmar aqueles factos, numa conversa telefónica então interceptada. No verão de 2011 a polícia brasileira suspeitava que Duarte Lima era o responsável pelo homicídio de Rosalina. Para despistar as autoridades, o advogado utilizara quatro telemóveis, entre os quais um registado na Suíça. Terá sido, aliás, o próprio Duarte Lima a despertar a atenção da polícia para esse facto quando, dois dias depois do desaparecimento da sua cliente, comunicou que apenas se deslocara de Belo Horizonte ao Rio de Janeiro para se encontrar com Rosalina após um telefonema desta na véspera, para o seu número oficial de advogado. Or, a lista de chamadas dos telefones de Rosalina indica que o seu último telefonema para Duarte Lima ocorreu seis dias antes da sua morte. O advogado nem sequer atendeu, tendo retribuído a chamada uma hora mais tarde e do número suiço".