A Tecnoforma anunciou esta sexta-feira que vai processar criminalmente o ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, por "declarações proferidas publicamente" no âmbito do caso Tecnoforma, relacionado com pagamentos ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho..A eurodeputada Ana Gomes e o historiador e comentador político José Pacheco Pereira são outras das pessoas contra quem a Tecnoforma vai participar criminalmente, por se sentir "lesada no seu bom nome, prestígio e credibilidade", segundo um comunicado assinado pela administração da Tecnoforma - Formação e Consultoria, divulgado pelos advogados da empresa..Alegando estar em causa a prática de crimes "contra a sua honra e consideração", a Tecnoforma refere, em comunicado enviado à Lusa, que vai ainda participar criminalmente contra os jornalistas José António Cerejo e Clara Ferreira Alves, bem como contra o jornal Público e a Impresa Publishing, de que fazem parte o semanário Expresso e a SIC, desfazendo assim o enigma levantado a 26 de setembro quando anunciou que iria processar um elemento do atual Governo..A empresa adianta que "oportunamente", no contexto dos procedimentos criminais instaurados, irá ainda mover um pedido de "responsabilização civil" das pessoas contra quem participou criminalmente..Em conferência de imprensa realizada a 26 de setembro, o advogado da Tecnoforma, Cristóvão Costa Carvalho, já tinha revelado a intenção da empresa agir judicialmente contra jornalistas e comentadores, pelo "monstro que criaram e que gerou uma grande confusão"..Na altura, referiu que entre os visados estava "um membro do atual Executivo", mas sem adiantar a identidade..Nessa conferência, o advogado da Tecnoforma garantiu que Passos Coelho desempenhou as funções de consultor na empresa de 2001 a 2007, esclarecendo que a ligação do atual primeiro-ministro ocorreu posteriormente a ter sido deputado na Assembleia da República.