Tebet e Ciro Gomes prometem anunciar em breve quem apoiam na segunda volta

Tebet diz que já tem lado e que não se vai acovardar. Ciro Gomes pediu mais algumas horas para falar com o partido.
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A candidata presidencial Simone Tebet deu um prazo de 48 horas aos partidos que a apoiam para que definam o seu voto na segunda volta e prometeu que irá tornar pública a sua decisão.

"Eu já tenho lado, não me vou acovardar", disse Simone Tebet, que ficou em terceiro lugar na primeira volta das eleições presidenciais de domingo.

"É preciso que os partidos se posicionem o mais rápido possível", disse a candidata, que tentou ser uma alternativa ao candidato do Partido dos Trabalhadores Lula da Silva (esquerda) e ao atual chefe de Estado, Jair Bolsonaro (extrema-direita).

Com 4,2%, Simone Tebet foi apoiada pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e pelo Cidadania.

Também Ciro Gomes (Partido Trabalhista Brasileiro), antigo ministro de Lula que teceu bastantes críticas ao ex-presidente ao longo da caminha, prometeu anunciar a sua posição em breve.

"Deem-me mais algumas horas para falar com o meu partido, com os meus amigos, para ver como mais bem servir a nação brasileira", pediu o candidato que ficou em quarto lugar na primeira volta, com cerca de 3% dos votos.

Ciro Gomes disse, numa curta declaração feita junto da sua família, em Fortaleza, estar "profundamente preocupado com o que está a acontecer no Brasil" e considerou haver "uma situação potencialmente ameaçadora" ao futuro do país.

"Nunca vi uma situação tão complexa, tão desafiadora e potencialmente ameaçadora sobre a nossa sorte enquanto nação", disse o candidato que ficou em quarto lugar na primeira volta, com cerca de 3% dos votos.

Segundo os dados oficiais, Lula da Silva obteve 47,85% dos votos na primeira volta e Bolsonaro 43,70%, quando estavam contabilizadas 96,93% das secções eleitorais.

Os mais de 156 milhões de eleitores foram chamados este domingo às secções de voto até às 17:00 de Brasília (21:00 em Lisboa), nas 577.125 urnas eletrónicas espalhadas por 5.570 cidades do país.

Também disputaram as presidenciais brasileiras os candidatos Luís Felipe D'Ávila, Soraya Tronicke, Eymael, Padre Kelmon, Leonardo Pericles, Sofia Manzano e Vera Lúcia.

Nenhum dos candidatos ultrapassou os 50%, pelo que os dois mais votados voltarão a enfrentar-se numa segunda volta em 30 de outubro.

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