Tatiana Macedo vence Prémio Media Art

O prémio de 40 mil euros foi atribuído pela primeira vez a jovem de 34 anos
Publicado a
Atualizado a

A artista Tatiana Macedo é a vencedora do Prémio Sonae Media Art 2015, no valor de 40 mil euros, foi hoje anunciado no Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado (MNAC-MC), em Lisboa.

Iniciativa promovida pelo MNAC-MC, pelo Museu do Chiado e pela Sonae, o galardão distinguiu a obra inédita "1989", de Tatiana Macedo, 34 anos, um dos cinco finalistas nesta primeira edição.

Diogo Evangelista, os Musa paradisíaca (Miguel Ferrão e Eduardo Guerra), Rui Penha e Patrícia Portela eram os outros quatro jovens artistas finalistas, cujas obras vão estar também em exposição até 31 de janeiro de 2016.

De acordo com a organização, a obra da artista premiada destaca-se por "explorar o meio videográfico e fílmico de uma forma pessoal e sensível, relacionando o individual com o político".

Tatiana Macedo, nascida em 1981, vive em Lisboa e trabalha entre Lisboa, Londres e Amesterdão. Estudou Belas Artes na Central St. Martins College of Art & Design e fez um mestrado em Antropologia Visual pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Lisboa.

O júri de premiação, constituído por Lori Zippay, diretora executiva da Electronic Arts Intermix, em Nova Iorque, o cineasta Marco Martins e o curador de arte contemporânea João Silvério avaliou as obras desenvolvidas pelos cinco finalistas em exclusivo para o concurso.

O júri considerou que a obra de Tatiana Macedo, "a mais bem articulada, coerente e aprofundada nos seus múltiplos aspetos artísticos e conceptuais".

"A obra '1989' explora o meio videográfico e fílmico, através de uma tripla projeção com som especializado, duma forma pessoal e sensível, relacionando o individual com o político. A artista trabalha na sua obra três grandes linhas de questionamento: o documental, o ficcional e o arquivo, aspetos de importância fulcral no pensamento e prática artística da contemporaneidade", sustenta ainda o júri.

Acrescenta que a obra "1989" revela "uma investigação continuada da artista na área do vídeo e do filme e das suas relações com a memória, a história e a cultura contemporâneas".

O júri de premiação realçou ainda a "elevada qualidade" das obras dos outros quatro finalistas, reconhecendo "a amplitude crítica de questões artísticas que as mesmas colocam no cerne da multitude conceptual da media arte".

Os cinco finalistas foram selecionados entre cerca de 150 propostas apresentadas ao concurso e receberam uma bolsa de 5.000 euros para a criação de uma obra inédita.

O Prémio Sonae Media Art foi criado para distinguir obras de criação contemporânea que vão desde a imagem ao som, incluindo a exploração do media vídeo, computação, som e mixed-media, em que outras formas de arte como a performance, a dança, o cinema, o teatro ou a literatura poderão ser incorporadas.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt