TAS pune 3º ciclista com base no passaporte biológico
A União Ciclista Internacional (UCI) disse à AFP que "não se pode estar contente" com mais um caso de dopagem, mas admitiu que "está legitimamente satisfeita por uma nova prova, a terceira, sobre a fiabilidade do passaporte biológico ser confirmada pelo TAS".
Valjavec não foi punido pelas autoridades disciplinares do seu país, nomeadamente pelo Comité Olímpico da Eslovénia, e a UCI recorreu para o TAS. Este tribunal decidiu suspender o ciclista a partir do dia 20 de Janeiro deste ano, multá-lo em 52.500 euros e anular-lhe os resultados obtidos entre 19 de Abril e 30 de Setembro de 2009. Isto inclui o oitavo lugar obtido na Volta à Itália de 2009 e um sétimo posto alcançado na Volta à Suíça do mesmo ano.
"O TAS considerou que os testes antidoping realizados em Abril e Agosto de 2009 revelaram anormalidades no contexto do passaporte biológico do atleta a um nível que é consistente com manipulação sanguínea. O TAS confirmou desta forma a confiabilidade do método indirecto de detecção baseado no perfil sanguíneo dos atletas já estabelecida em decisões prévias do TAS respeitantes aos ciclistas italianos Pietro Caucchioli e Franco Pellizotti", explicou o tribunal em comunicado.
Esta foi a terceira sanção baseada no passaporte biológico ratificada pelo TAS. Os primeiros dois casos foram protagonizados por Franco Pellizotti, segundo na Volta à Itália de 2009, inicialmente absolvido pelo tribunal antidopagem do Comité Olímpico Italiano, e por Pietro Caucchioli, ambos suspensos por dois anos. Quando a UCI enviou para as respectivas federações os processos relativos a Valjavec e Pellizotti, fez o mesmo em relação ao espanhol Jesús Rosendo Prado, mas o corredor foi ilibado pela Real Federação Espanhola de Ciclismo (RFEC), que aceitou a argumentação, apresentada pela equipa Andalucía Cajasur, de que os valores anormais não se deviam a dopagem mas sim a uma hemorragia provocada por uma crise de hemorroidas.