Tarifa da luz no mercado regulado baixa 2,6% em julho

Medida abrange 921 mil clientes, o que corresponde a 6% do consumo total de eletricidade, segundo a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.
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A partir de 1 de julho, os clientes no mercado regulado de eletricidade vão pagar menos 2,6%, anunciou ontem a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). A medida vai abranger os cerca de 921 mil clientes do mercado regulado, que representam 6% do consumo total de eletricidade, e os consumidores que, "estando no mercado livre, tenham optado por tarifa equiparada", explica a ERSE.

Esta descida no preço é "fundamental para assegurar uma maior estabilidade tarifária face ao atual contexto de grande volatilidade dos mercados de energia e de nível de preços anormalmente elevados nos mercados grossistas de eletricidade", que já se verifica desde o ano passado e que acabou por se intensificar com a guerra na Ucrânia, esclarece o regulador do setor energético.

"Esta redução é justificada pela devolução antecipada aos consumidores de benefícios superiores aos inicialmente previstos no diferencial de custos com a produção em regime especial (PRE), com remuneração garantida, e com os Contratos de Aquisição de Energia (CAE), e bem como de receitas adicionais dos leilões de emissão de gases com efeito de estufa", explica a entidade em comunicado.

Segundo a ERSE, e face ao preço médio de 2021, "os consumidores observam em 2022 um acréscimo de 1,1% no preço de venda final (os preços em 2022 integram a decisão tarifária de janeiro de 2022, a revisão trimestral ocorrida em 1 de abril de 2022 e os preços a vigorarem a partir de 1 de julho de 2022)".

Em cinco anos, explica a entidade, os consumidores domésticos de eletricidade no mercado regulado vão sentir uma redução acumulada de 3,7% no preço final.

A ERSE avança ainda que "os consumidores com tarifa social continuam a beneficiar de um desconto de 33,8% sobre as tarifas de venda a clientes finais". E avisa que "o nível tarifário de 2022 é reflexo de circunstâncias muito próprias e conjunturais que poderão não se repetir nos próximos anos".

monica.costa@dinheirovivo.pt

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