A TAP vai lançar 11 novas rotas em 2017, das quais sete são na Europa, três em África e uma na América do Norte, anunciou hoje o presidente executivo, Fernando Pinto..Num encontro com os trabalhadores, na sede da TAP, em Lisboa, com o objetivo de dar a conhecer os planos para o futuro da transportadora, Fernando Pinto explicou que o lançamento das novas rotas, que deverá acontecer "em princípio no verão", faz parte da estratégia de crescimento da transportadora privatizada..O presidente da TAP admitiu que entre os novos destinos na Europa estão cidades para onde a companhia já voou no passado, escusando revelar quais as rotas por razões de "concorrência"..No próximo ano, a TAP pretende ainda reforçar a operação nas regiões autónomas, no Porto, em Lisboa e em Faro, "devido ao crescimento do turismo em Portugal", anunciou Fernando Pinto..Na apresentação aos trabalhadores, o gestor referiu ainda a intenção de relançar rotas no Brasil, que tiveram uma redução das frequências motivada pela instabilidade política e económica daquele que é o principal mercado da TAP, que foi também muito impactado pela desvalorização do real..Segundo Fernando Pinto, este reforço da TAP só é possível graças ao investimento na frota, através da renovação de interiores de 48 aviões, orçamentada em 70 milhões de euros, e na aquisição de aviões..O terceiro pilar para o crescimento da TAP assenta na maior segmentação das tarifas, o que já tinha sido anunciado pela companhia, oferecendo "produtos para todos os que queiram viajar com a TAP", no sentido de competir com as companhias de baixo custo ('low cost')..Fernando Pinto considerou hoje que é inevitável comparar os custos da TAP com as companhias 'low cost': "Temos que nos comparar com as 'low cost'. Temos que nos aproximar, mas não queremos ser uma empresa 'low cost'".."O nosso nicho é diferente, mas temos que ter condições de competir", acrescentou..O processo de privatização da TAP está em curso, com o acordo de compra e venda de ações da TAP, assinado pelo Governo de António Costa e que permite ao Estado ficar com 50% de ações da transportadora aérea, depois de já ter recebido luz verde da Autoridade da Concorrência, faltando ainda a reestruturação da dívida com a banca e a aprovação pelo supervisor da aviação (ANAC)..Neste modelo, o consórcio Atlantic Gateway, de Humberto Pedrosa e David Neeleman, fica com 45%, podendo chegar aos 50% com a aquisição de 5% do capital que será entretanto colocado à disposição dos trabalhadores.