TAP: Pedro Nuno Santos mantém-se à margem da privatização

O ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação recusa fazer comentários sobre o processo de venda da companhia aérea e garante que, apesar de haver intenção do governo em vender, modelo do negócio não foi definido previamente.
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Pedro Nuno Santos reiterou hoje, na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, que a TAP não sobreviverá sem ser integrada num grupo internacional de aviação. O ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação defendeu que a companhia de bandeira opera num mercado "agressivo" e que não pode estar isolada.

Por isso mesmo, disse sempre ter defendido a "abertura do capital" a empresas "do setor" mas rejeitou tecer comentários "sobre o tempo, o modo e o quando da privatização", considerando que já tutela a pasta do ministério das Infraestruturas.

"Não vou tecer comentário sobre o processo de privatização que ainda não se iniciou e que não conheço as intenções do governo", reforçou.

O ex-governante relembrou aos deputados que "nunca foi escondida a intenção da privatização" mas nega que tenha sido estabelecido um modelo.

"Não havia um modelo pré-definido. A TAP estava a preparar-se para isso [abertura do capital] e havia essa intenção da parte do governo. Mas o modelo de privatização nunca esteve definido e julgo que ainda não está. Há duas avaliações em curso e depois será iniciado o processo formal. Não houve nem decisão sobre se era [uma venda] de maioria, minoria, se era fusão ou não", sublinhou.

O governo publicou, em Diário da República, a resolução do Conselho de Ministros, aprovada a 27 de abril, que mandata a Parpública para contratar pelo menos duas avaliações independentes necessárias à privatização TAP.

Pedro Nuno Santos será novamente ouvido na próxima semana, a 15 de junho, na Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP (CPI), altura em que deverá responder às perguntas sobre a indemnização de 500 mil euros pagos a Alexandra Reis, que levaram a que apresentasse a sua demissão a António Costa. Para já, o ex-governante mantém o mandato de deputado suspenso.

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