TAP: PCP diz que privatização é crime económico que se pagará caro
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, defendeu esta terça-feira que a TAP deve continuar na esfera pública e considerou que caminhar para a privatização é "um crime económico" que o país pagará caro.
"Consideramos que uma empresa pública, como a TAP é hoje, precisa de ter critérios de gestão pública e não critérios de gestão privada, que permitiram estas aldrabices, não há outra palavra para o dizer. E que caminhar no sentido da sua privatização é um crime económico que nós vamos pagar muito caro nos próximos anos", afirmou.
Paulo Raimundo falava nas Minas da Panasqueira, no concelho da Covilhã, distrito de Castelo Branco, onde esta terça-feira marcou presença na ação nacional do PCP "Mais Força aos Trabalhadores", junto dos mineiros da Panasqueira.
Questionado pelos jornalistas sobre a anunciada privatização da TAP, Paulo Raimundo sustentou que será um erro.
"É uma opção errada do Governo, é uma opção errada para o país, e é uma opção errada para a nossa soberania e para os trabalhadores portugueses", disse.
Referindo que o caminho da privatização está em curso há 20 anos, o líder dos comunistas também vincou que foi exatamente esse percurso que permitiu os escândalos com que o país tem sido confrontado na companhia aérea. Para o PCP, não estão apenas em causa a indemnização da ex-secretária de Estado Alexandra Reis, disse.
"Veja-se os negócios que estão antes e que valem oito, dez, 15 vezes mais de prejuízo financeiro aos nossos bolsos", apontou, sublinhando que os problemas da TAP não se reduzem aos últimos dois anos ou dois anos e meio.
Nesse sentido, insistiu a que comissão de inquérito à TAP deve ser alargada até ao período em que Pedro Passos Coelho era primeiro-ministro.