TAP com prejuízos de mais de 627 milhões até setembro

Nos primeiros nove meses deste ano, as receitas da TAP "foram marcadas pela recuperação do tráfego de verão mas ainda 67% abaixo de 2019, com o Brasil a abrir fronteiras apenas no início de setembro e os EUA ainda fechados".
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A TAP registou um prejuízo superior a 627 milhões de euros entre janeiro e setembro, de acordo com a informação enviada pela companhia à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Apesar dos prejuízos registados no acumulado dos primeiros nove meses do ano, o valor representa uma melhoria de 10,4% face ao mesmo período do ano passado, época em que a transportadora teve um resultado líquido negativo de pouco mais de 700 milhões de euros.

"O resultado líquido a 30 setembro 2021 foi negativo em 627,6 milhões euros, o que representa uma melhoria de 73,0 milhões de euros quando comparado com o período homólogo. Para este resultado contribuiu o impacto negativo das diferenças de câmbio de EUR -125,3 milhões dos quais EUR 104,6 milhões são devidos à depreciação EUR/USD em rendas futuras e por isso sem impacto em caixa", indica a empresa em comunicado.

As receitas operacionais da companhia atualmente liderada por Christine Ourmières-Widener ascenderam a 826,8 milhões de euros até setembro, o que representa uma descida de 1,7% face aos primeiros nove meses de 2020, altura em que as receitas operacionais da TAP tinham ascendido a 841,3 milhões de euros. Um dos fatores que contribuiu para este comportamento foi a evolução das receitas obtidas com a venda de bilhetes. A companhia obteve receitas de passagens no valor de 608,8 milhões de euros, o que se traduz numa quebra de 13% face aos primeiros nove meses do ano passado - ou menos 91,2 milhões de euros. "As receitas a 30 setembro 2021 foram marcadas pela recuperação do tráfego de verão mas ainda 67% abaixo de 2019, com o Brasil a abrir fronteiras apenas no início de setembro e os EUA ainda fechados", diz a transportadora.

No que diz respeito aos custos operacionais, o valor total ascendeu a 1.250,0 milhões de euros, menos 13,9% ou 201,4 milhões de euros que nos primeiros nove meses do ano passado. Este comportamento, diz a empresa, é "maioritariamente explicado pela redução material na rubrica de depreciações e amortizações (-81,0 milhões de euros) e custos com operações de tráfego (-35,7 milhões euros). Nos custos com pessoal, o headcount apresenta menos 1.820 colaboradores do que um ano antes, com custos 5,3% mais baixos".

O EBIT (resultado operacional) foi negativo em 423,2 milhões de euros até setembro o que, ainda assim, representa uma melhoria de 187 milhões - ou 30,6% - face ao período homólogo. O EBIT recorrente foi negativo em 447,1 milhões de euros "em resultado da reversão parcial da provisão de restruturação de 23,8 milhões de euros". O

O EBITDA aumentou em 106 milhões de euros para EUR -75,2 milhões.

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