Taiwan enfrenta tribunal internacional e manda fragata para Taiping

A presidente de Taiwan quis mostrar que rejeitava a decisão do tribunal, que negou ao país direitos sobre a ilha de Taiping
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Taiwan enviou hoje uma fragata para a ilha Taiping, no disputado arquipélago Spratly, para mostrar a sua rejeição à sentença do tribunal internacional que na terça-feira negou a Taipé direito a 200 milhas de zona económica exclusiva.

A Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, sublinhou, numa declaração a partir da fragata transmitida pela televisão, a sua determinação na defesa da soberania de Taiwan sobre Taiping e outras ilhas do Mar do Sul da China.

No entanto, defendeu que deve ser encontrada uma solução através da negociação entre os vários países que pretendem o controlo das Spartly.

"As disputas devem resolver-se pacificamente, através de negociações multilaterais", disse Tsai, que assegurou queTaiwan está disponível para cooperar com todos os envolvidos "para promover a paz e a estabilidade no Mar do Sul da China".

Na terça-feira, o gabinete da Presidente afirmou que Taiwan "rejeita totalmente" a sentença do Tribunal Permanente de Arbitragem (TPA), com sede em Haia.

[citacao: Taiwan fará tudo o que for possível para salvaguardar a soberania e o território do país e proteger os seus interesses]

Taiwan vai reforçar as patrulhas em redor da ilha Taiping e vai proteger os seus pescadores na zona económica exclusiva que assume desde há vários anos, afirmaram ainda as autoridades de Taipé na terça-feira, sublinhando que está em causa "uma zona importante de pesca" para Taiwan.

Taiwan reclama, tal como a China e outros países da região, a soberania sobre ilhas dos arquipélagos Spratly, Paracel, Macclesfield e Pratas, no Mar do Sul da China, incluindo-as nos seus mapas desde em 1947.

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