Tailândia inicia registo eleitoral apesar da contestação

Oito partidos tailandeses conseguiram hoje registar os seus candidatos para as eleições de 02 de fevereiro, apesar do bloqueio de dezenas de manifestantes aos edifícios da Comissão Eleitoral, revelou a imprensa do país.
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Entre as formações políticas que conseguiram o registo está o partido Puea Thai, cuja lista é encabeçada pela atual chefe do Governo Yingluck Shinawatra, contestada nas ruas pelo Partido Democrata, afastado do poder em eleições legislativas.

Outros representantes de sete partidos políticos conseguiram entrar nas instalações do estádio de Banguecoque onde começou o registo eleitoral, iludindo os manifestantes que acabariam por conseguir, no entanto, a entrada de 14 representantes de outras formações políticas que pretendiam o registo e apresentaram queixa na polícia.

A oposição ao Governo quer impedir o registo eleitoral e a realização de eleições.

Suthep Thaugsuban, ex-vice-primeiro-ministro e atual líder do grupo opositor depois de se demitir como deputado do Partido Democrata, instou os seus seguidores a impedirem o trabalho da Comissão Eleitoral e ameaçou sabotar as eleições se o Governo não suspender a votação até cumprir as exigências de reforma política.

O mesmo responsável quer afastar do poder Yingluck Shinawatra que diz ser manobrada pelo irmão Thaksin Shinawatra, o primeiro-ministro afastado do poder em 2006 por um golpe militar e que está exilado no exterior depois de ter sido condenado a dois anos de cadeia por corrupção.

Apesar da contestação da ala do Partido Democrata, a família Thaksin e o Puea Thai concentram um forte apoio popular, principalmente das classes mais desfavorecidas, ao passo que os democratas têm a sua base de apoio junto das classes mais abastadas de Banguecoque, dos militares e de alguns membros ligados à família real.

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