Tailândia ganha uma nova rainha, a chefe de segurança pessoal do rei
O rei Maha Vajiralongkorn tem 66 anos e é monarca constitucional da Tailândia desde a morte do seu pai em 2016. Na passada quarta-feira, dia 1 de maio, casou-se com a sua vice-chefe de segurança pessoal e deu à Tailândia uma nova rainha.
O rei já foi casado, passou por três divórcios, e é ainda pai de sete filhos e anunciou numa declaração real o seu novo casamento real. O casamento antecedeu a coroação do rei Vajiralongkorn como décimo monarca da dinastia Chakri, numa elaborada cerimónia que vai começar no dia 4 de maio e durar três dias.
Na declaração real pode ler-se que o rei Vajiralongkorn "decidiu promover a general Suthida Vajiralongkorn Na Ayudhya, a sua consorte real, para se tornar rainha Suthida, que vai manter um título real e estatuto enquanto membro da família real".
Suthida Tidjai era uma comissária de bordo da Thai Airways até ser nomeada por Vajiralongkorn como vice-chefe da sua segurança pessoal. Em dezembro de 2016 foi nomeada general do seu exército. Suthida Tidjai era consorte do rei há anos, mas a sua relação nunca tinha sido reconhecida oficialmente, até agora.
Vídeos da cerimónia de casamento circularam por vários órgãos de comunicação tailandesa na passada quarta-feira, numa cerimónia que apenas contou com membros da família real, conselheiros do rei e militares. Durante a cerimónia o rei molha a cabeça da sua recente rainha com água sagrada e depois o casal real é filmado a assinar um registo de matrimónio.
Maha Vajiralongkorn nasceu a 18 de julho de 1952, com um nome que significa "adornado com joias". Nomeado herdeiro oficial da coroa tailandesa em 1972, só em 2016 depois da morte do seu pai, foi proclamado rei. No entanto a sua cerimónia de coroação só se vai realizar no próximo dia 4 de maio de 2019 depois de três anos de luto pela morte do anterior rei.
O seu reinado não tem sido incontestado. Mesmo sendo um monarca constitucional forçou o seu poder a implementar medidas como ser ilegal para qualquer pessoa na Tailândia rejeitar os desejos expressos pelo rei. Em 2014, a Tailândia enfrentou um golpe de estado que trouxe militares para o governo e que reforçaram a posição do rei Vajiralongkorn e da sua linha de sucessão. A 24 de março, nas últimas eleições tailandesas, impediu a sua irmã, princesa Ubolratana Mahidol de se candidatar a primeira-ministra por ser um "desafio à cultura do país".