"A suplementação de vitamina D não previne fraturas ou quedas, nem tem efeitos clinicamente significativos sobre a densidade mineral óssea. Não houve diferenças entre os efeitos de doses maiores e menores de vitamina D. Há pouca justificação para o uso de suplementos de vitamina D para manter ou melhorar a saúde musculoesquelética. Esta conclusão deve ser refletida nas diretrizes clínicas.".São estas as conclusões do estudo realizado por três especialistas na área, Mark Bolland e Andrew Grey (da Universidade de Auckland) e Alison Avenell (Universidade de Aberdeen), e publicado na revista especializada Lancet..O estudo, financiado por uma agência estatal de saúde da Nova Zelândia (Health Research Council), teve como base a compilação e revisão estatística dos dados de 81 ensaios clínicos que envolveram mais de 50 mil pessoas..Ao Guardian, Mark Bolland explicou que nos últimos quatro anos surgiram "mais de 30 estudos aleatórios controlados sobre a vitamina D e saúde óssea (...) quase dobrando a base de provas disponíveis"..As quedas e as fraturas ósseas são um problema que afeta em especial a população mais velha. A vitamina D desempenha uma função essencial no corpo humano, ao regular a absorção do cálcio e do fósforo e, como tal, é essencial para a saúde óssea e prevenir o raquitismo e a osteoporose. Uma alimentação equilibrada, exercício físico e exposição solar transmitem dose suficiente da vitamina D..Em países do norte da Europa como a Noruega, a Suécia e a Dinamarca, crianças e adultos são aconselhados a tomar suplementos diários na ordem dos 10 microgramas. O valor é duplicado em caso de grupos de risco e de pessoas com mais de 75 anos..A partir de 2016, o Reino Unido adotou uma política de saúde pública semelhante. Todas as pessoas com mais de quatro anos devem tomar diariamente 10 microgramas de vitamina D, em especial de outubro a março.