Sucessor de Napolitano depende de Berlusconi
Do primeiro ministro Matteo Renzi ao papa Francisco todos se juntaram ao agradecimento a Giorgio Napolitano. No dia em que este assinou a demissão, o hashtag #GraziePresidente foi o mais partilhado no Twitter italiano. Mas enquanto a classe política se despedia de uma das suas figuras mais respeitadas, pilar de estabilidade numa Itália em convulsão política nas últimas décadas, começava já a corrida à sua sucessão. E tudo indica que se Renzi quer fazer eleger o seu candidato terá de negociar o apoio do Força Itália do ex-primeiro ministro Silvio Berlusconi.
A assembleia dos "grandes eleitores" - deputados, senadores e 58 representantes das regiões , num total de 1009 pessoas - foi convocada para dia 29. Com 415 deputados e senadores, o Partido Democrático de Renzi conta ainda com vários aliados no Parlamento. Mas em 2013, mais de uma centenas de eleitos da formação recusaram apoiar o seu antigo líder Romano Prodi, na primeira tentativa para encontrar um sucessor para Napolitano. Agora que este disse definitivamente adeus ao Palácio do Quirinale, o primeiro-ministrio arrisca-se a confrontar-se com uma nova rebelião, até porque nenhum dos nomes de que se fala - entre eles está de novo o ex-primeiro ministro Prodi - parece ser consensual.