Sublimes All Blacks e australianos a recuperar de susto são favoritos em meias-finais de sonho

O estádio de Twickenham, em Londres vai ser palco dos dois encontros que vão definir as presenças na final do Mundial do próximo sábado
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Apesar do ambiente tenso e do nervoso miudinho que perpassa por todos quantos estão envolvidos nas fascinantes meias-finais do Mundial neste fim-de-semana, a disputar estes sábado e domingo no fantástico estádio de Twickenham, em Londres - e que pela primeira vez não terão qualquer seleção europeia envolvida - o selecionador neozelandês Steve Hansen passeia-se com um ar bem relaxado. E tem fortes motivos para isso: nas vésperas do faiscante duelo com a África do Sul (hoje, 16.00, Sport TV5), os campeões do mundo chegam a esta partida decisiva num grande momento. Por ele preparado, aliás, com toda a minúcia, em especial no modo como geriu a participação(e o descanso) dos seus atletas mais veteranos no Super Rugby deste ano.

Passando pela fase de grupos em ritmo de passeio e, ponto importante, sem lesionados - ao contrário do Mundial de 2011, quando perderam sucessivamente os três médios de abertura acabando por recorrer a Stephen Donald, que se encontrava de férias a pescar e na final lhes deu o título - os All Blacks estiveram sublimes há uma semana diante da França, demolida por 62-13 (com nove ensaios alcançados!) e lideram todas as bolsas de apostas.

Até o selecionador sul-africano Heyneke Meyer não esconde a sua admiração pelo adversário: "Com apenas três derrotas em quatro anos, são possivelmente a melhor equipa que algum dia pisou um relvado de râguebi." E o treinador springbok , que vai manter exatamente o mesmo quinze que bateu Gales (23-19) sabe do que fala, pois das sete vezes que os defrontou, acabou derrotado em seis delas. E se a aposta que desde 2012 trava com Steve Hansen - quem ganha o duelo paga as cervejas ao vencido - lhe tem permitido beber à borla, desta feita Meyer afirma não se importar nada "de lhe pagar uma grade inteira".

Mas quer isto dizer que a Nova Zelândia é, neste momento, imbatível? Bem, se há alguma equipa no mundo que os pode vergar (a Austrália, vencedora do Rugby Championship deste ano, que nos desculpe) é precisamente a África do Sul, que surge nesta fase da prova muito forte mentalmente após a escorregadela inicial diante do Japão. Fechando o jogo no pack avançado e tentando destrui-lo pela força bruta dos seus avançados liderados pelo predador Schalk Burger em forma espantosa, emperrando o ritmo de jogo all black em especial à saída dos rucks, e pressionando a receção de bola das linhas atrasadas contrárias, pode manter o resultado equilibrado. E contar com os pés de Handré Pollard para castigar todas as faltas no breakdown.

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