Strauss-Kahn deverá pagar seis milhões a Nafissatou
O jornal, que cita fontes próximas do processo, diz que foi alcançado um acordo para pôr fim ao processo civil que a empregada de limpeza, natural da Guiné-Conacri, apresentou em agosto de 2011, com o objetivo de ser indemnizada pelo ex-diretor-geral do FMI.
Contudo, os advogados de DSK desmentem as informações do 'Le Monde', dizendo que estas são "fantasiosas e erróneas".
O diário nova-iorquino não adiantou, porém, qual o montante a que respeita um tal acordo. E sublinhou que o mesmo ainda não foi assinado.Mas segundo apurou o jornal francês 'Le Monde' e deve publicar na sua edição de amanhã, Strauss-Khan deverá pagar a Nafissatou seis milhões de dólares (4,64 milhões de euros).
No entanto, as duas partes deverão encontrar-se na próxima semana perante o juiz Douglas McKeon, que é responsável pelo processo civil no tribunal do Bronx, zona onde vive Nafissatou Diallo.
Apesar de nenhum dos advogados da empregada do Sofitel ter confirmado o acordo, uma resolução amigável não seria surpreendente.Confrontado com a notícia, pela AFP, o juiz Gouglas McKeon confirmou que poderá haver uma audiência na próxima semana. "Poderá haver uma sessão no tribunal na próxima semana", declarou, citado pela agência de notícias francesa.
Em maio, este juiz recusou arquivar o caso, como pedia DSK, alegando que gozava de imunidade diplomática. Depois disso, o processo pouco tem avançado. O processo criminal foi abandonado logo na altura e Strauss-Khan foi libertado depois de o promotor do Ministério Público ter detectado contradições nos depoimentos da empregada.
DSK, como é conhecido em França nos media, viu as suas hipóteses de se candidatar à presidência de França pelo Partido Socialista serem arruinadas a 14 de maio de 2011. Foi detido no aeroporto JFK, já dentro de um avião com destino a França, depois de Nafissatou Diallo, então com 32 anos, ter apresentado queixa contra si por agressões sexuais numa suite do hotel Sofitel Nova Iorque.
A empregada acusou-o, nomeadamente, de ele a ter forçado a fazer uma felação. Mais tarde, numa entrevista a uma televisão francesa, DSK, de 63 anos, casado com a conhecida jornalista Anne Sinclair, admitiu ter tido com a empregada uma breve relação sexual "desapropriada". Desmentiu, no entanto, ter havido qualquer recurso à força.
Vários media têm noticiado, entretanto, a separação entre Strauss-Khan e Anne Sinclair, mas o casal nunca confirmou a notícia oficialmente e até colocou processos judiciais contra alguns dos que deram tal notícia.
Além de ver arruinadas as suas ambições de chegar ao Eliseu, DSK teve também de demitir-se da direção do FMI, tendo sido substituído pela ex-ministra das Finanças francesa Christine Lagarde. O político socialista está ainda envolvido num caso de proxenetismo em França, no chamado caso Carlton, encontrando-se a aguardar que a justiça se pronuncie sobre o mesmo no dia 19 de dezembro.