Stieg Larsson investigou assassinato de Olof Palme
Segundo o jornal, a pesquisa do jornalista e escritor levou-o a um ex-militar sueco, Bertil Wedin, suspeito de estar relacionado com os serviços secretos sul-africanos.
Durante o seu mandato, Olof Palme fez várias críticas ao apartheid e era especialmente odiado pelos conservadores na Suécia e no estrangeiro pelos seus pontos de vista anti-colonialistas.
"A morte de Olof Palme tornou-se uma prioridade na agenda de Stieg", contou a antiga companheira do escritor, Eva Gabrielsson, acrescentando que Larsson estava a investigar grupo de extrema-direita que poderiam estar ligados à morte do governante social-democrata.
O nome de Bertil Wedin já tinha sido mencionado nos anos 90,quando o caso ainda era muito falado.
"Uma fonte descreveu-o como o intermediário do assassino, uma outra como um dos melhores assassinos profissionais na Europa", de acordo com um dos documentos de Stieg Larsson.
O autor da trilogia Millenium tinha recolhido 15 caixas de documentos únicos, como relatos das suas viagens, os seus rendimentos, etc.
Quanto às ligações de Wedin à África do Sul, Stieg Larsson tinha escrito que várias fontes demonstravam que ele trabalhava para a polícia secreta sul-africana desde os anos 70 e que estava ligado à morte de um amigo de Olof Palme em 1982.
Olof Palme foi primeiro-ministro da Suécia entre 1969 e 1976 e depois entre 1982 e 1986. Foi morto a 28 de fevereiro desse ano, aos 59 anos, quando saía de um cinema em Estocolmo acompanhado da mulher.
A trilogia Millenium, que será completada brevemente por um quarto volume, já vendeu mais de 75 milhões de exemplares e foi traduzida em mais de 30 línguas.
Larsson morreu em 2004, aos 50 anos, na sequência de um ataque cardíaco.