Numa notícia do Variety, anunciando a passagem de Steve Jobs no Festival de Nova Iorque, o título referia-o como "um filme de Aaron Sorkin". Não era, por certo, um gesto de menosprezo em realização ao seu realizador, o inglês Danny Boyle (que, em qualquer caso, tem aqui um trabalho de inexcedível rigor).
Tratava-se, isso sim, de identificar aquele que é um dos grandes argumentistas do actual cinema americano. O argumento de Steve Jobs, baseado na biografia de Walter Isaacson, afirma-se, de facto, como uma proeza de "condensação" de uma vida em três momentos emblemáticos, relacionados com o lançamento de computadores a que o nome de Jobs (e o nome da Apple) ficaram para sempre ligados.
Veja aqui o trailer:
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É óbvio que a personagem fascina Sorkin, não apesar das suas contradições, mas sempre através delas e dos seus ecos nos outros. Afinal de contas, em tempos de exaltação de figuras mais ou menos fantasiosas e digitais, este é um filme de retorno à pulsação das coisas humanas, visceralmente humanas.
Classificação: *****