Sri Lanka volta a adotar pena de morte para erradicar drogas
"É necessário implementar a pena de morte para acabar com a ameaça da droga ilegal", afirmou o Presidente, Maithripala Sirisena, acrescentando que a suspensão da pena capital levou a um aumento do crime e à expansão do narcotráfico.
Maithripala Sirisena adiantou que os militares e a polícia vão lançar um "amplo programa" contra as drogas que visa erradicar o uso e o tráfico em dois anos.
Embora não tenha adiantado o dia em que passará a ser adotada a pena de morte, o Presidente garantiu que isso acontecerá "nos próximos dias", afirmando ainda que "a lista [das primeiras execuções] está pronta".
Os grupos de defesa dos direitos humanos da União Europeia já criticaram a medida anunciada e o Harm Reduction International, uma Organização Não Governamental que funciona como conselheira das Nações Unidas, referiu que não existe qualquer prova de que execuções consigam diminuir ou acabar com o uso ou o tráfico de drogas.
A última vez que o Sri Lanka executou um prisioneiro foi em 1976.Atualmente há 1.299 detidos no corredor da morte, incluindo 48 condenados por crimes relacionados com droga.
Ao mesmo tempo que o Presidente anunciava a nova política de combate às drogas, as autoridades do país realizaram uma espécie de cerimónia pública para destruir 770 quilogramas de cocaína.