Sony e Toshiba juntam esforços na produção de LCD's

Os gigantes nipónicos Sony e Toshiba estão a negociar a produção conjunta de ecrãs LCD para tablets, smartphones e outros dispositivos móveis com a criação de uma empresa, revelou hoje o diário Nikkei.
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Os dois fabricantes japoneses pretendem chegar a acordo até ao final de julho e constituir a nova empresa até ao final do ano, explicou o diário na sua edição digital.

A nova empresa irá integrar a Toshiba Mobile Display, que controla 9,2 por cento do mercado mundial de LCD's de pequenas e médias dimensões e a Sony Mobile Display, que tem 6,1 por cento da quota de mercado e assumirá a liderança do setor a nível mundial ultrapassando a Sharp que mantém uma quota global de 14,8 por cento.

O Governo japonês terá também uma participação importante na nova companhia através de um fundo misto idealizado para ajudar a aumentar a competitividade japonesa no setor, acrescentaram fontes ligadas ao processo citadas pelo Nikkei.

O fundo misto deverá assumir 855 milhões de euros em ações da nova empresa o que traduzirá uma quota de 70 a 80 por cento, sendo que o restante capital ficaria nas posse das duas empresas tecnológicas.

O investimento na nova empresa será utilizado na montagem de uma cadeia de produção de alta tecnologia numa fábrica da Sony Mobile Display na província de Aichi, centro do Japão, e para desenvolver tecnologia que permita produzir em massa ecrãs OLED, com maior resolução e menor consumo que os LCD.

" margem deste investimento, a Toshiba anunciou também a sua intenção de construir uma nova fábrica na prefeitura de Ishikawa, também no centro do Japão, para produzir LCD's para o Iphone da Apple, ao mesmo tempo que a Sony também reforçou as suas operações neste âmbito com a aquisição de uma fábrica da Seiko Epson na província de Tottori, oeste do país.

Nos últimos meses, as empresas nipónicas cederam terreno às companhias da Coreia do Sul e de Taiwan na produção de LCD's para televisões e, ainda que liderem o mercado de ecrãs de pequena e média dimensão, a quota de empresas como a Samsung ou a LG tem vindo a crescer.

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