Sombra de acordo à esquerda leva empresas a cortar expectativas

Peter Villax, cara do Manifesto dos 100 Empresários, alerta para os efeitos que a possibilidade de um governo PS apoiado por PCP e Bloco já estão a ter nas empresas e que motivaram a elaboração do documento.
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"As empresas estão a fazer orçamentos defensivos. Está tudo a cortar nas expectativas", afirma o vice-presidente da Hovione, que critica ainda a falta de transparência do acordo à esquerda. "Entre gente de boa fé, o acordo seria discutido, assinado e conhecido em cinco dias úteis", diz ao DN, acrescentando que o facto de assim não ter acontecido pode indiciar que os partidos em causa poderão ter interesses escondidos.

Peter Villax sublinha que o índice de confiança dos empresários tinha vindo a subir até setembro, tendo agora registado uma estagnação. As empresas estão à espera para ver o que acontece, como se resolve a incerteza sobre o governo atual e por precaução, os orçamentos que estão a ser preparados para 2016 estão a ser reduzidos ao mínimo. Mesmo porque "dois dos partidos que apoiam o governo de António Costa são estatutariamente contra a iniciativa privada", sublinha. "Eles é que vão recuperar o país? Até prova em contrário, um governo PS com apoio do Bloco e do PCP será sempre contra a iniciativa privada e nós sentimos que tínhamos de alertar para isso."

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Foi essa a principal motivação que levou à elaboração e divulgação do manifesto, subscrito por 115 empresários da Associação de empresas Familiares.

Peter Villax sublinha que os empresários querem "um Estado Social, uma educação e saúde públicas e de qualidade para todos, a reposição dos salários e que quem precise de apoio seja apoiado, mas é importante permitir que a economia se desenvolva para podermos pagar eses direitos e benefícios". Caso contrário, diz, seriam pagos a crédito, com o custo elevadíssimo que já tiveram.

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