Solo. Rui Massena estreia-se como pianista e compositor
A imagem pública do maestro Rui Massena passa muito pela irreverência, assumindo o músico uma postura que se distancia da formalidade que, por vezes, se associa ao meio em que trabalha. No entanto, agora que se estreia enquanto pianista e compositor com o seu primeiro álbum de originais, Solo, revela uma outra faceta da sua personalidade artística, mais tranquila e intimista. Como o próprio revelou, esta aventura a solo também serviu para um reencontro consigo mesmo. O disco chega hoje às lojas.
"Estava há anos a salivar por isto. Estava cansado de dirigir orquestras, saturado de todo o esforço que era necessário para fazer acontecer música, porque quando se é maestro têm de se conjugar todas as vontades, de estabelecer um equilíbrio enorme, é uma luta muito grande", explica ao DN.
Quando acabou o projeto da Capital Europeia da Cultura - Guimarães 2012, onde foi programador musical, e o programa da RTP 1 Música, Maestro!, decidiu que era a altura certa para arregaçar as mangas e dedicar-se a um projeto só seu. Alfândega da Fé, no distrito de Bragança, foi o local escolhido para que este Solo pudesse nascer. "Podia ter escolhido Paris, Berlim, Nova Iorque ou Porto, mas escolhi um sítio muito genuíno. Gosto muito das gentes de Trás-os-Montes e aquela paisagem obriga-me a parar e refletir. Depois senti-me muito acarinhado pelas pessoas", confessa.
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