Sócrates junta-se a Cavaco nas críticas

O primeiro ministro afirmou hoje que acompanha as críticas do Presidente da República à "vertigem gananciosa" de algumas remunerações auferidas por gestores e frisou que o Estado se opôs e condenou essas práticas.
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José Sócrates falava aos jornalistas, na Assembleia da República, depois de o Presidente da República ter criticado no seu discurso na sessão solene do 25 de Abril os prémios e bónus recebidos por gestores numa conjuntura económica de crise.

"Eu acompanho essa crítica do Presidente da República. Também eu tenho criticado aquilo que classifiquei como vertigem gananciosa que tem conduzido algumas actuações de empresas um pouco por todo o mundo na remuneração dos seus gestores", respondeu José Sócrates.

Neste ponto, o primeiro ministro salientou que o Governo "decidiu que em 2010 e 2011 o Estado agiria no sentido de não permitir bónus nas empresas públicas e votando contra [a atribuição de prémios] em todas as empresas em que tenha participação".

Interrogado, em concreto, sobre as remunerações auferidas pelo presidente executivo da EDP, António Mexia, em 2010, superiores a três milhões de euros, o primeiro ministro referiu que o Estado, em assembleia geral, votou sempre contra a atribuição de prémios ou bónus este ano.

"O Estado fez aquilo que devia, mas é claro que os privados têm todo o direito em votar como acham que devem votar. Nas assembleias gerais, os privados têm o direito de fazer prevalecer a sua posição se tem uma maioria, mas o Estado sempre votou contra. O Estado não acompanha, critica e condena essas práticas", acrescentou.

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