Socialista Patxi López vai liderar Parlamento após renúncia do PP
O Partido Popular renunciou ontem a apresentar um candidato à liderança do Parlamento espanhol, abrindo caminho à eleição do socialista Patxi López. O ex-lehendakari (presidente do governo basco) contará com o voto favorável do Ciudadanos, mas não do Podemos. Isto porque o partido de Pablo Iglesias queria poder formar grupos parlamentares regionais, por se ter apresentado a votos com diferentes alianças na Galiza, Catalunha e Valência, mas os principais partidos espanhóis rejeitaram.
No total, a mesa diretiva do Parlamento contará com três populares, dois socialistas (um deles o presidente), assim como dois representantes do partido de Albert Rivera e dois do Podemos. Um dos representantes da formação de Iglesias será de uma das alianças regionais com a qual o Podemos se apresentou às eleições de 20 de dezembro.
Esta será a primeira vez que o Parlamento não vai ser liderado pela principal bancada. Segundo a imprensa espanhola, o Ciudadanos terá defendido que o cargo de número três do Estado não fosse do mesmo partido do primeiro-ministro. Isso implica que se não houver acordo para a reeleição de Mariano Rajoy e o PSOE conseguir eleger Pedro Sánchez poderia haver mudanças. O mandato de López pode ser curto por outra razão: se dentro de três meses não houver acordo de governo haverá novas eleições.
Iglesias já condenou o acordo triplo para o Parlamento, alertando para o risco de se repetir a nível de governo. O Podemos criticou também a falta de apoio para ter vários grupos parlamentares - mesmo após ter abdicado dos benefícios que isso implicaria (mais dinheiro e tempo de intervenção nos debates).