O número de mortos nas inundações e deslizamentos de terra na costa da Turquia subiu para pelo menos 44, informou este sábado a agência de emergência e desastres do país..O anterior balanço oficial, feito na sexta-feira de manhã, apontava para pelo menos 38 vítimas mortais, mas a agência turca de desastres AFAD avança agora que 36 pessoas morreram na província de Kastamonu, sete na de Sinop e uma em Bartin..As chuvas torrenciais que na noite de terça-feira para quarta-feira atingiram estas províncias no Mar Negro causaram inundações que destruíram casas, cortaram pelo menos cinco pontes, arrastaram carros e tornaram várias estradas intransitáveis. Devido à chuva forte, o nível da água subiu até aos quatro metros em algumas cidades..Segundo a agência, nove pessoas permanecem hospitalizadas em Sinop..Nas redes sociais, alguns moradores de Kastamonu disseram haver centenas de desaparecidos, tendo esta informação sido corroborada por um responsável da oposição..Contudo, o gabinete do governador provincial disse, na sexta-feira, que os relatos de cerca de 250 corpos não identificados eram falsos..Entretanto, equipas de resgate e cães farejadores continuam a tentar localizar sobreviventes, com a AFAD a avançar que 5.820 pessoas, 20 cães de resgate, 20 helicópteros e dois aviões de busca estavam nos locais do desastre..Cerca de 2.250 pessoas foram evacuadas em toda a região antes, durante e depois das enchentes, algumas das quais resgatadas de telhados por helicópteros. Muitas foram temporariamente alojadas em residências para estudantes, segundo as autoridades..Diversos cientistas estabelecem uma ligação entre o aquecimento global causado pela atividade humana e a ocorrência cada vez mais frequente de acontecimentos climáticos extremos..A Turquia foi palco nos últimos meses de várias catástrofes naturais, nomeadamente episódios de seca e violentos fogos florestais..Vários responsáveis políticos e associações exortaram o governo a tomar medidas radicais para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa..A Turquia não ratificou o acordo de Paris sobre o clima de 2015.