Soares da Costa avança para despedimento coletivo de 500 trabalhadores

A crise em Portugal e em Angola justificam a decisão, segundo carta da empresa
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A construtora Soares da Costa vai abrir um processo de despedimento coletivo de cerca de 500 funcionários, disse hoje a empresa numa carta à Comissão de Trabalhadores, justificando a decisão com a crise em Portugal e Angola.

No documento a que a Lusa teve acesso, assinado pelo presidente executivo, Joaquim Fitas, são referidas as "repercussões nefastas" para a empresa da crise e a "estagnação do mercado de construção" em Portugal.

É igualmente referida a quebra de receitas em Angola, o principal mercado da Soares da Costa, "relacionada com a produção petrolífera", o que fez cair o investimento público e privado.

Neste contexto, a empresa considera que é "inevitável o redimensionamento e reestruturação".

Refere ainda a empresa de construção civil que, "mais do que a envolvente externa, é o histórico recente da empresa que a conduz a esta situação", salientando que tem acumulado prejuízos anuais superiores a 60 milhões de euros.

A Soares da Costa é controlada em 66,7% pela GAM Holdings, detida pelo empresário angolano António Mosquito, que entrou no capital da construtora no final de 2013, sendo os restantes 33,3% da SDC -- Investimentos (ex-Grupo Soares da Costa).

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