Só os médicos podem curar?

A discussão é antiga e contínua. Uns dizem que está provado que as medicinas alternativas funcionam, outros alegam que lhes falta validade científica. Um frente-a-frente entre o primeiro português a ter carteira profissional de naturopata e o bastonário da Ordem dos Médicos.
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Nunca tiveram uma relação pacífica. Medicina tradicional e medicina não convencional continuam às avessas e a Ordem dos Médicos voltou agora a exigir que sejam impostas regras às terapêuticas alternativas em nome da saúde dos doentes. Para perceber o que tanto as separa nada melhor do que ouvir os argumentos do bastonário dos Médicos, José Manuel Silva, um crítico destas técnicas, e os de João Paulo Tomé, que foi o primeiro no país a ter carteira profissional de naturopata - uma espécie de clínico geral das medicinas não tradicionais, que pratica desde acupunctura a homeopatia, passando por fitoterapia, medicina tradicional chinesa, entre outras.

Uma questão prévia, avisa João Paulo Tomé, de 71 anos: «Não há medicinas alternativas. Medicina é só uma e o que existe são diversas formas terapêuticas dependendo das origens. Mas tudo é cientificamente comprovável e o que não for é um risco para saúde.» A divergência começa logo aqui.

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