Skripal: Regulador britânico vai investigar "imparcialidade" do canal russo RT

O regulador britânico da comunicação social, Ofcom, anunciou hoje que abriu sete investigações à "imparcialidade" do canal russo RT News, financiado pelo governo russo, no âmbito da cobertura do caso Skripal por esse canal.
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"Desde os acontecimentos de Salisbury, observámos um aumento significativo do número de programas no canal RT que merecem uma investigação sobre possíveis violações do código de radiodifusão do Ofcom", anunciou o organismo.

O ex-espião russo Serguei Skripal e a filha, Yulia, foram encontrados inconscientes a 04 de março em Salisbury, no sul de Inglaterra, envenenados.

O Reino Unido responsabiliza a Rússia pelo ataque, perpetrado com uma substância neurotóxica de uso militar desenvolvida nos anos 1970 na União Soviética, o 'novichok', mas a Rússia nega qualquer envolvimento no caso.

O caso Skripal provocou uma crise diplomática que se traduziu numa ação coordenada inédita para a expulsão de cerca de 150 de diplomatas russos de vários países ocidentais, incluindo os Estados Unidos e dois terços dos países membros da União Europeia, a que a Rússia respondeu com a expulsão de 150 diplomatas ocidentais.

O Reino Unido, que expulsou 23 diplomatas russos, não tomou medidas contra a RT, mas chegou a considerar a suspensão da licença de emissão da RT News e RT Europe, propriedade do grupo TV Novosti, financiado pelo Estado russo.

A investigação agora anunciada incide sobre sete programas difundidos pela RT News e o processo pode levar à imposição de multas ou à proibição da emissão.

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