Siza Vieira apela ao fim da atitude relaxada dos portugueses
O ministro da Economia Pedro Siza Vieira lamenta que na atual conjuntura os portugueses estejam a ser "muito mais relaxados" do que no primeiro confinamento, e que devem levar as restrições a sério, até porque só com a "normalização sanitária" é que virá a retoma económica.
"A maior prioridade da economia é dominar os números da pandemia", disse neste domingo no programa de Ricardo Araújo Pereira Isto é gozar com quem trabalha, na SIC.
Siza Vieira, que está em isolamento profilático porque esteve em contacto com o seu colega das Finanças, João Leão, infetado com coronavírus, lembrou que "não há outra forma que não restringir contactos e ficar em casa" para baixar o índice de transmissibilidade do vírus.
Citaçãocitacao"Onde antes tínhamos medo agora fazemos piadas. Temos de contrariar esta atitude"
Sobre a atual situação sanitária, com o país a "aproximar-se do limite severo", Pedro Siza Vieira alertou os espectadores sobre a gravidade da situação ao exemplificar com um hipotético acidente com Ricardo Araújo Pereira. Aludiu à baixa probabilidade de o apresentador do programa poder ficar gravemente doente com covid-19 por ser desportista e saudável, mas que pode estar em risco, por exemplo, se precisar de ir para os cuidados intensivos na sequência de um pontapé na cara enquanto pratica kickboxing.
Questionado pelo humorista por que podem as floristas manter os estabelecimentos abertos e os cabeleireiros não, o ministro disse que no primeiro confinamento iniciado em março do ano passado esta atividade, como outras, podiam manter-se, mas " as pessoas tinham medo e não iam à rua", razão pela qual muitas lojas estiveram de facto encerradas. "Onde antes tínhamos medo agora fazemos piadas. Temos de contrariar esta atitude", afirmou.