SIPE disponível para luta conjunta com restantes sindicatos de professores

O Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE) manifestou-se hoje disponível para discutir formas de luta conjuntas com os outros sindicatos, depois de ter saído da reunião no Ministério da Educação com uma proposta que classifica como "grande desilusão".
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"Estamos completamente disponíveis. A união faz a força, estamos todos a lutar pelo mesmo", disse à Lusa Júlia Azevedo, presidente do SIPE, em resposta ao anúncio da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), feito hoje, de que a maior estrutura sindical de docentes do país pretende convidar os restantes sindicatos para uma reunião, da qual podem vir a sair "formas de luta convergentes".

Em causa estão os resultados obtidos até agora nas reuniões negociais com a tutela, depois da assinatura de uma declaração de compromisso, a 18 de novembro, cujo conteúdo os sindicatos consideram que está a ser desrespeitado nas negociações subsequentes.

Sobre o reposicionamento na carreira dos professores que entraram para os quadros após 2011, quando as progressões já estavam congeladas, e que hoje começou a ser discutido com o Ministério da Educação, o SIPE classificou a proposta de portaria entregue pela tutela como "uma grande desilusão", da qual discordam "totalmente".

Segundo Júlia Azevedo, o projeto de diploma do Governo implica "inúmeras ultrapassagens" na carreira docente, o que considera "totalmente inaceitável", com professores com menos tempo de serviço a conseguirem chegar a escalões superiores antes de colegas mais antigos na profissão.

O SIPE pede que a contabilização do tempo de serviço dos professores seja feita de igual forma para todos, para garantir equidade, tendo como referência a atual estrutura da carreira docente, mesmo para os docentes que entraram na profissão antes de 2005, quando o tempo de progressão na carreira era mais curto.

Perante as propostas da tutela, o sindicato vai, já na próxima semana, convocar plenários de professores nas escolas, "para ouvir docentes e estabelecer formas de luta".

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