SINTAP: Medidas são inaceitáveis e contestação será inevitável

O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP) considerou hoje inaceitável o corte dos subsídios de férias e de Natal dos funcionários públicos em 2012 e alertou para a inevitável contestação laboral.
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"Esta medida é completamente incompreensível e inaceitável", disse à agência Lusa o dirigente do SINTAP José Abraão, acusando o primeiro ministro de não ter enumerado uma só medida para promover o crescimento económico.

O primeiro-ministro fez hoje uma declaração ao país em que revelou que o Orçamento do Estado para 2012 prevê a eliminação dos subsídios de férias e de Natal de todos os funcionários da Administração Pública e das empresas públicas com salários acima de mil euros por mês.

"Mais uma vez o sacrifício vai para os funcionários públicos e isto vai levar certamente à contestação, à demonstração da indignação pois o Governo parece não conhecer mais ninguém", disse José Abraão acusando o executivo de "não impor sacrifícios às grandes fortunas".

Segundo o sindicalista, o SINTAP (UGT) irá aproveitar a reunião negocial de sexta-feira para manifestar ao Governo o repúdio pelas novas medidas de austeridade para a função pública.

Pedro Passos Coelho anunciou também que serão eliminados os subsídios de férias e de Natal a "quem tem pensões superiores a mil euros" e explicou que "os vencimentos situados entre o salário mínimo e os mil euros serão sujeitos a uma taxa de redução progressiva, que corresponderá em média a um só destes subsídios".

O governante garantiu ainda que a "medida é temporária e vigorará apenas durante a vigência do Programa de Assistência Económica e Financeira".

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