Sínodo da família volta ao Vaticano um ano depois, mas a divisão é a mesma

Mais de 400 pessoas participam no encontro que começa hoje e termina a 25 de outubro. Comunhão dos recasados e acolhimento dos homossexuais serão os grandes temas.
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Arranca hoje o Sínodo dos Bispos, no Vaticano sobre a família e o seu papel na sociedade. São três semanas - a reunião termina a 25 deste mês - que juntam mais de 400 pessoas de todo o mundo, das quais 270 padres sinodais com direito a voto. Será também o regresso, um ano depois, às questões que têm dividido bispos e cardeais: o acesso dos divorciados recasados à comunhão e o acolhimentos dos homossexuais. Portugal tem como delegados o presidente da Conferência Episcopal, D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa, e o presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família, D. Antonino Dias, bispo de Portalegre-Castelo Branco.

A Santa Sé repetiu a fórmula do encontro anterior. O documento preparatório do sínodo foi feito após inquéritos enviado às conferências episcopais. A expectativa que recai neste encontro é enorme, depois da reunião extraordinária marcada pelo Papa Francisco em 2014, onde debateram o acesso dos divorciados recasados à comunhão e o acolhimento dos homossexuais. As posições expressas levaram a uma grande tensão entre reformadores e conservadores.

Do Vaticano já saiu a mensagem que há muito mais a debater e que este é um sínodo que vai discutir o papel da família na Igreja e na sociedade contemporânea. Porém, não será possível passar à margem dos temas quentes, sobre os quais o Papa Francisco terá de tomar uma decisão em relação à posição da Igreja. Sem perder a habilidade de garantir um equilíbrio que evite o extremar de posições e uma eventual cisão. Recado que deixou no final do último sínodo, ao mesmo tempo que lembrou que a decisão será sua.

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