Sindicatos protestam hoje junto à residência de Sócrates

Os sindicatos da polícia vão hoje concentrar-se junto à residência oficial do primeiro-ministro para protestaram contra a proposta do estatuto profissional apresentado pelo Governo, em dia de aniversário da PSP.
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Ao protesto dos polícias vão juntar-se os dirigentes da Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) para também manifestar a sua "indignação" com a proposta do Governo.

Durante a concentração, os sindicatos representativos dos agentes e oficiais da Polícia de Segurança Pública (PSP) vão entregar na residência oficial do primeiro-ministro, José Sócrates, em Lisboa, uma "moção de rejeição" da proposta governamental, cópia que será também enviada ao ministro da Administração Interna, Rui Pereira.

"Os sindicatos estão todos de acordo de que é uma má proposta para a polícia", relativamente ao "nível remunerativo e na assistência na doença", afirmou à Lusa o presidente do Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP), António Ramos.

Para o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), Paulo Rodrigues, o documento apresentado segunda-feira pelo Ministério da Administração Interna (MAI) "consegue a proeza de ser ainda pior do que a proposta inicialmente divulgada" e que serviu de base para "discussão" com os representantes dos profissionais da PSP.

Como exemplo, referiu os salários, alegando que até à categoria de intendente os profissionais da polícia ficam "a ganhar menos".

A ASPP pediu aos polícias para que utilizem os mecanismos legais ao seu dispor, pedindo férias, folgas ou dispensas, para hoje faltarem ao trabalho como "forma de demonstrarem o descontentamento".

O Sindicato dos Oficias da Polícia também "rejeita a proposta de estatutos" e "concorda com os argumentos do protesto", mas "apela à calma e ao civismo durante os protestos", afirmou Resende da Silva daquela organização sindical, que discorda da data escolhida para o protesto, uma vez que coincide com o aniversário da PSP.

O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, já afirmou que os estatutos profissionais da PSP e da GNR, que em breve serão aprovados em Conselho de Ministros, são "uma excelente oportunidade para valorizar as carreiras" dos agentes e militares das forças de segurança.

De acordo com Rui Pereira, o suplemento por serviço nas forças de segurança vai passar de 14,5 para 20 por cento entre 2010 e 1012, aumento que se traduz na remuneração base, as tabelas salariais também vão aumentar "no prazo máximo de três anos" e o subsídio de fardamento vai quintuplicar em cinco anos.

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