Sindicato suspende greve
"Os trabalhadores devem transformar o dia de greve em dia de luto, usando um símbolo negro durante o dia de trabalho", disse a sindicalista Anabela Carvalheira, numa conferência de imprensa à porta do metro do Cais do Sodré.
A decisão da Fectrans, que assim decidiu suspender a paralisação marcada para esta terça-feira (dia 15), surge na sequência de o Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social (CES) ter decretado serviços mínimos.
Anabela Carvalheira frisou que, com serviços mínimos, está a impedir-se que "muitos trabalhadores exerçam o direito à greve".
"A jurisprudência sempre considerou que serviços mínimos põem em causa a segurança dos trabalhadores e dos passageiros e tiram o direito à greve. O Conselho foi contrário a esta jurisprudência", lamentou.
Por isso, a Fectrans optou por não retirar o pré-aviso de greve e transformar o dia em "dia de luto".
Frisando que os trabalhadores "viram-se impossibilitados de fazer greve", Anabela Carvalheira denunciou que há categorias profissionais, como os operadores comerciais e os agentes de tráfego, que "tiveram 100% dos trabalhadores notificados" para assegurarem os serviços mínimos.
Entretanto, o metro fez saber que está a trabalhar numa solução para garantir a segurança dos trabalhadores e passageiros durante o dia de terça-feira, não se pronunciando sobre esta decisão.
Durante esta segunda feira, em todas as estações do metro, a empresa tem avisos sonoros e visuais a alertar os passageiros que, devido à greve, o metro vai circular na terça-feira entre as 07.30 e as 22.00, que todas as estações vão estar abertas e os tempos de espera previstos são de 15 a 30 minutos.