Sindicato Independente dos Professores quer que docentes contratados possam fazer permutas

Lisboa 04 mai (Lusa) -- O Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE) contesta a nova proposta de diploma que regula as permutas entre docentes, considerando que deixa de fora os que recorrem à mobilidade interna, por não terem colocação perto de casa, e os contratados.
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Em declarações a agência Lusa, a presidente do SIPE explicou que o seu sindicato terá uma reunião com o Ministério da Educação no próximo dia 11 e que nesse encontro manifestará a sua discordância com este ponto do diploma.

Na reunião com a tutela, acrescentou, o SIPE vai propor a criação oficial de uma plataforma onde os interessados se possam inscrever permitindo saber para onde é possível permutar lugares de colocação, facilitando e agilizando o processo.

Segundo Júlia Azevedo, o diploma inclui apenas os docentes que "foram opositores ao concurso e ficaram colocados".

O atual decreto-lei dos concursos, refere a presidente do SIPE, não obedeceu ao critério de colocação dos professores por graduação profissional, havendo assim professores que, embora com muito tempo de serviço se encontram sucessivamente, ano após ano, longe das suas famílias, e o mais provável é que não consigam obter vaga.

Embora estes professores tenham concorrido não vão ficar colocados, acrescenta, pelo que não vão poder permutar com os colegas.

No que respeita aos professores contratados, este diploma também os deixa de fora.

"Por que razão um professor do Algarve com horário anual e completo não pode permutar com um professor de Viana, por exemplo? É mais uma vez um inexplicável entrave à qualidade de vida profissional e pessoal dos professores" refere.

Segundo Júlia Azevedo, devia ficar contemplada a hipótese neste diploma de os professores contratados permutarem desde que o queiram e desde que tenham horário anual e completo.

"O vencimento é igual, o patrão é igual. Não faz sentido não poderem trocar a aproximarem-se", disse.

Noutros concursos, explicou, era possível mas dependia de uma circular e na da presidente do SIPE, não faz sentido fazer depender esta questão de uma circular.

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