Sindicato dos Quadros do Estado critica medidas propostas

O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado considerou hoje que as propostas do FMI pretendem reduzir mais os salários, as pensões e as prestações sociais e colocar mais funcionários públicos em mobilidade especial, para despedir ao fim de dois anos.
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"Isto é, as propostas do FMI vão todas no sentido de que o que é preciso é mais recessão", afirma o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) numa nota de imprensa.

Para o STE, as propostas do FMI significam a destruição das conquistas sociais das últimas décadas e "o fazer mergulhar o país num inqualificável subdesenvolvimento social, com mais de 50% dos portugueses mergulhados na pobreza".

O sindicato acusou o FMI de apenas se preocupar com os juros dos empréstimos concedidos a Portugal e defendeu que as suas propostas "não podem servir de guião para o muito que há para fazer".

O Fundo Monetário Internacional (FMI) defendeu num relatório hoje divulgado que os funcionários públicos não deveriam estar mais de dois anos em mobilidade especial, período depois do qual teriam de ser recolocados ou despedidos.

O relatório do FMI sugere uma redução até 20% no número de trabalhadores do Estado nas áreas da educação, segurança e ainda nos administrativos com baixas qualificações, o que possibilitaria poupar até 2,7 mil milhões de euros.

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