Sindicato de Quadros Técnicos do Estado "estupefacto" com alterações na ADSE

Alterações foram "uma surpresa" porque "o sistema está completamente financiado pelas quotas daqueles que para ele contribuem", Helena Rodrigues
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A presidente do Sindicatos dos Quadros Técnicos do Estado (STE), Helena Rodrigues, manifestou hoje, em declarações à Lusa, "profunda estranheza" e "profunda estupefação" com as anunciadas alterações nas tabelas da ADSE que entram em vigor em junho.

"Há, ao que parece, uma tabela que entrará em vigor agora no próximo dia 01 de junho, nada foi negociado com as organizações que representam trabalhadores e aposentados", disse a presidente do STE.

Por isso, Helena Rodrigues afirmou que, para o sindicato, estas alterações foram "uma surpresa", até porque "o sistema está completamente financiado pelas quotas daqueles que para ele contribuem".

"Ficamos estupefactos, vamos colocar a questão ao ministro da Saúde e ao primeiro-ministro e pedir a intervenção do Presidente da Republica nesta discussão", referiu.

Segundo Helena Rodrigues, o Sindicato dos Quatros Técnicos do Estado vai questionar "porque é que agora é que sistema está a criar excedentes, [pois] cria excedentes em 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015, as despesas a suportar por aqueles que para ele descontam vão aumentar".

"Onde é está o dinheiro da ADSE, onde estão os excedentes que foram gerados?", são questões que a dirigente sindical quer ver esclarecidas.

Os utentes da ADSE vão passar a pagar, a partir de 1 de junho quando entra em vigor a nova tabela de preços a pagar aos convencionados, 20% do preço das próteses. Até agora, a colocação destes dispositivos médicos não representavam encargos para os beneficiários do sistema de saúde dos funcionários públicos. Carlos Baptista, diretor-geral da ADSE, explica que existe um limite ao copagamento: o encargo no utente será no máximo de 200 euros.

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Estão previstas ainda outras alterações, como a redução dos preços da TAC e Ressonância Magnética e ainda a criação de um preço fixo para 60 procedimentos cirúrgicos feitos em ambulatório.

O impacto conjunto destas quatro alterações representa uma redução de encargos ligeiramente inferior a 4 milhões de euros para ADSE e de cerca de um milhão de euros para os beneficiários.

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