Sindicato cria plano de emergência para jogadores em dificuldade

Atleta do Campeonato de Portugal e da Liga BPI com ordenados em atraso ou sem clube podem pedir ajuda. Valores podem ir dos 250 aos 750 euros não reembolsável.
Publicado a
Atualizado a

Nem todos os jogadores ganham milhões de euros. Só em Portugal há milhares de atletas que ganham o salário mínimo ou menos e muitos estão sem clube ou com salários em atraso. Apesar de serem essenciais ao espetáculo acabam por levar por tabela numa altura de grande dificuldade para os clubes devido à pandemia. Face ao crescimento dos pedidos de ajuda o Sindicato de Jogadores decidiu criar um fundo de apoio que visa quatro áreas: social, proteção salarial, saúde e emprego

O plano de emergência para jogadores e jogadoras de futebol, destinado a responder às carências emergentes desta segunda vaga da pandemia da covid-19 foi apresentado esta quinta-feira. Sob o lema Não deixaremos ninguém para trás, o organismo sindical pretende mobilizar os parceiros institucionais, assim como sensibilizar o poder político para a necessidade de um plano de apoio aos praticantes desportivos. Nesse sentido o presidente do Sindicato pede ao governo que destine verbas da ajuda europeia para o desporto.

Os jogadores do Campeonato de Portugal e da Liga BPI, que façam do futebol a sua atividade exclusiva ou principal têm agora um fundo de solidariedade reforçado no valor de 250 mil euros. Basta solicitar ajuda através do número 213 219 594 e terão acesso a um valor entre 250 a 750 euros não reembolsável.

"Há o apoio social, a fundo perdido, mas também o fundo de garantia salarial, que já existe mas que queremos reforçar, direcionado ao incumprimento de salários. Por fim, não menos importante, existe a resposta à saúde física e psicológica. Este problema afeta os atletas na competição e a nível pessoal. Temos psicólogos disponíveis para os jogadores, no país, e o Sindicato suporta as primeiras quatro consultas", defendeu Evangelista.

A situação mais complicada nesta altura vive-se no Vit. Setúbal, a quem o sindicato já adiantou 18 mil euros para resolver as situações mais graves. Os jogadores sadinos estão com vários meses de salários em atraso e com pré-aviso de greve.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt