Sílvia Belo Câmara na DGArtes em regime de substituição
Sílvia Belo Câmara será a diretora-geral em regime de substituição, a partir de segunda-feira, 14 de maio, informou o Ministério da Cultura. Substitui Paula Varanda que foi demitida do cargo por "perda de confiança política" no dia 4 de maio.
A tutela vai entretanto solicitar à CReSAP "a abertura de um concurso para provimento do respetivo cargo".
Sílvia Belo Câmara é, desde 2016, assessora no Gabinete do secretário de Estado da Cultura e, antes disso, tinha coordenado, desde 2009, a Galeria de Arte Urbaba (GAU) da Câmara Municipal de Lisboa. Sílvia Câmara é licenciada em Relações Públicas e Publicidade pelo Instituto Superior de Novas Profissões (1995). Além disso, tem uma pós-graduação em Ciências Políticas e Internacionais (Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa) e é mestre em História da Arte - especialização em História de Arte Contemporânea, pela Faculdade de Ciências Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Recorde-se que a demissão de Paula Varanda surgiu após toda a polémica em torno do Programa de Apoio Sustentado às Artes 2018-2021, que este ano aplicou um novo modelo de financiamento que gerou fortes críticas por partes das estruturas de todas as áreas artísticas.
Com os resultados finais já conhecidos para as Artes Visuais, Circo, Música e Cruzamentos Disciplinares, falta ainda serem revelados os do teatro, que eram esperados até meados de maio, segundo informações do gabinete do secretário de Estado da Cultura.
Os concursos do programa de Apoio Sustentado, para os anos de 2018-2021, partiram com um montante global de 64,5 milhões de euros, em outubro, subiram aos 72,5 milhões perante protestos do setor e, dias mais tarde, o Governo anunciou novo reforço para um total de 81,5 milhões de euros.
Os reforços foram anunciados no contexto de ampla contestação, desde associações a estruturas isoladas, passando pelos sindicatos da área, que questionavam os critérios usados pelos júris, para os primeiros resultados provisórios, na base da exclusão de companhias com décadas de existência e com um passado de apoios públicos.