Sete mulheres e cinco homens vão decidir o destino de 'El Chapo'
Sete mulheres e cinco homens vão decidir o destino do ex-líder do cartel de Sinaloa, Joaquin El Chapo Guzmán, depois de terem sido escolhidos como jurados no julgamento que começou na passada segunda-feira em Manhattan e que arranca com as declarações iniciais a 13 de novembro.
Entre os membros do júri, com idades entre os 20 e os 50 anos, há três imigrantes (uma polaca, uma etíope e um asiático), assim como quatro pessoas que falam espanhol. Há também várias pessoas com ligação às forças de segurança.
Entre os jurados há a sobrinha de um antigo guarda prisional, um homem asiático cujo filho trabalha na polícia de Nova Iorque e uma polaca que disse que o filho teve problemas com drogas, segundo a Reuters. Todos disseram conhecer Guzmán à exceção de uma mulher da Etiópia, que disse não fazer ideia quem ele é.
"Estamos satisfeitos com o júri que foi selecionado", disse um dos advogados de Guzmán aos jornalistas.
A partir de agora, e por questões de segurança, estão parcialmente isolados, devendo ser escoltados diariamente para o tribunal por agentes armados. A sua identidade não será revelada, para evitar pressões e intimidações.
Foram ainda escolhidos, com suplentes, mais quatro mulheres e dois homens. No total, ao longo de dois dias, foram interrogadas mais de 75 pessoas pelo juiz Brian Cogan, que preside ao caso, os procuradores que acusam Guzmán de 17 crimes e pela defesa.
Hoje, na terceira sessão do julgamento (que pode demorar quatro meses), foi feita a escolha final dos jurados. "Vejo-vos na terça-feira para o que acredito vá ser uma experiência muito interessante para todos", disse o juiz.
Guzmán, de 61 anos, que liderou durante mais de 20 anos o cartel de Sinaloa, foi extraditado para os EUA em janeiro de 2017, depois de ter sido recapturado um ano após fugir de uma prisão de alta segurança através de um túnel.