Sete casas de S. Brás de Alportel vão ser recuperadas

Mais de meio ano após o incêndio no Algarve, o Centro de Cultura e Desporto dos Trabalhadores da Junta de Freguesia e da Câmara de São Brás de Alportel assinou hoje com construtores os contratos para recuperar sete habitações.
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A assinatura dos contratos foi hoje feita na aldeia de Parises, concelho de São Brás de Alportel, com a presença dos proprietários, dos responsáveis do Centro de Cultura e Desporto (CCD) e do presidente da Câmara de São Brás de Alportel, para quem a ajuda às populações que ficaram desalojadas poderia "ter sido mais rápida".

"É muito tempo, sem dúvida. Embora eu saiba que a Secretaria de Estado [da Segurança Social] se tem empenhado ativamente para ultrapassar todos os problemas, temos que pensar noutro tipo de respostas que mudem a atuação em casos de calamidade e permitam uma resposta mais célere", afirmou o autarca.

António Eusébio lembrou que "as pessoas ficaram sem habitação, sem meios se subsistência familiar e para se esquecerem do mau bocado que passaram na vida essa resposta teria ajudado muito" se tivesse sido mais rápida.

O autarca frisou que o facto de a câmara ter de encontrar uma instituição particular de solidariedade social para concorrer aos Contratos Locais de Desenvolvimento Social que o Governo criou após o incêndio de julho passado, ocorrido também em Tavira, dificultou mais a tarefa.

"Tínhamos que nos cingir a esta forma de contratação. E era simples resolver estas situações: em vez de ter de se arranjar um promotor externo para as autarquias, bastava que elas pudessem concorrer diretamente a este tipo de contratos e desenvolver os trabalhos", contrapôs.

António Eusébio considerou que esta forma de atuação permitiria rapidez na resposta.

"E o dinheiro viria quando viesse, depois de faturado, porque para uma câmara municipal são valores menores e que podem ser assumidos com grande facilidade, ainda estaríamos isentos da lei de compromissos, enquanto para uma instituição como o CCD, embora tenham capacidade financeira, já é pesado dispor de meio milhão de euros e ficar a aguardar de verbas", acrescentou.

Os contratos hoje assinados são referentes a sete habitações do total de 18 que ficaram total ou parcialmente destruídas com o fogo que em julho devastou grande parte do concelho algarvio e do município vizinho de Tavira.

O valor global das recuperações ascende a quase meio milhão de euros, dos quais 235 mil serão necessários para as obras de intervenção nestas primeiras sete intervenções.

Os contratos foram assinados com quatro construtores de São Brás de Alportel, de forma a ajudar também as empresas da zona.

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