Sérgio Conceição: "Era nossa obrigação dar resposta e ganhar o jogo"
Foram precisos 120 minutos para o FC Porto sair do estádio do Leixões com lugar garantido nas meias-finais da Taça de Portugal, mas Sérgio Conceição não mostrou descontentamento para com a sua equipa. Embora tenha admitido que na segunda parte os azuis e brancas esticaram demasiadas vezes o jogo, destacou a equipa adversária, que foi "verdadeiramente competitiva", e o estado do terreno.
"Temos de ver o contexto em que jogámos. A equipa do Leixões foi verdadeiramente competitiva e é sempre difícil jogar aqui. O terreno é difícil, tem muita areia e torna o jogo mais fraco tecnicamente. Dificulta o processo ofensivo e mais complicado para quem ataca", frisou o treinador do FC Porto na flash interview.
Falando numa "boa primeira parte" dos dragões, Sérgio Conceição admitiu que na segunda parte o FC Porto baixou "um bocadinho". "O Leixões tem boa equipa e, sem criar dificuldades, estávamos mais instalados e deixámos de ter bola. Quisemos esticar quando devíamos ter ficado em posse da bola algumas vezes. Mas depois o prolongamento foi todo nossa. Era nossa obrigação dar resposta e ganhar o jogo", acrescentou.
Ainda sobre a exibição da equipa, disse ter mudado "alguns jogadores" e que foi normal "com o decorrer do jogo, porque o terreno cansa, que houvesse uma gestão inconsciente" da posse de bola. "Mas sempre que pudemos fomos à procura. Jogámos contra um adversário que tem valor e é uma equipa aguerrida, determinada e que esteve muito bem na ocupação dos espaços", disse, admitindo que os jogadores que saltaram do banco deram "frescura" à equipa.
O próximo adversário do "objetivo" Taça de Portugal é o Sp. Braga, nas meias-finais da prova, que se realizam a duas mãos, nos dias 6 de fevereiro e 3 de abril.
Jorge Casquilha, treinador do Leixões, mostrou-se "muito orgulhoso" dos seus jogadores. "Fizemos um grande jogo, dividimos o jogo perante uma grande moldura humana. Foi uma grande exibição e foi pena o golo no final, merecíamos ir aos penáltis", afirmou.
"O início da primeira parte foi difícil, estávamos receosos e nervosos. Muitos jogadores nunca tinham jogado a este nível e o golo do FC Porto deixou-nos mais intranquilos. Mas a meio da primeira parte começámos a dividir o jogo e na segunda parte estivemos por cima algumas vezes. Jogámos cara a cara e não fomos mais além devido a condição física", acrescentou o técnico.
O treinador do Leixões admitiu ainda que "devido ao resultado e ao desgaste", o prolongamento foi de "resistência" e "tentar resistir para chegar aos penáltis". "Fica uma boa imagem dos jogadores e da filosofia da equipa, jogar sempre para ganhar", disse ainda.